04 novembro 2012

Escalada ao céu

Luigi Fiorentino

Alta se arqueia a abóbada celeste,
Onde há um brilho de flores (e são mundos!),
Vagueiam sombras afanosamente.

Misteriosa a voz que assim me chama
A subir. Escalada interminável,
Áspera e ansiosa. Em vão, em vão procuro
O meu céu (tão longínquo!). Em vão, perdida
A terra para mim, clamo por entre
Aqueles mundos. Só, minha voz perde-se
Nos profundos silêncios desta noite.

Fonte: Bandeira, M. 2007. Estrela da vida inteira. RJ, Nova Fronteira. Poema publicado em livro em 1948.

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