13 junho 2014

A norma adaptativa

Bryan Shorrocks

Quando examinamos o processo adaptativo, torna-se claro que existem dois tipos bem diferentes se seleção natural atuando: um tipo elimina a variação genética das populações e o outro tende a promover a variação genética.

Darwin compreendia a seleção como um processo purificador, como a sobrevivência do tipo melhor adaptado. [...]

A importância dada pelos biólogos a estas formas de seleção levou a dois pontos de vista radicalmente diferentes sobre a diversidade genética em populações naturais. Estas idéias sobre estrutura de população e natureza da norma adaptativa foram chamas de hipóteses ‘clássica’ e de ‘balanceamento’ [...].

A teoria clássica

Esta teoria pressupõe que os alelos podem ser convenientemente divididos no tipo selvagem ‘normal’, que é o comum, e no mutante raro. Os indivíduos são homozigotos para o gene selvagem em praticamente todos os locos; os alelos mutantes estão presentes somente em pouquíssimos locos, onde produzem a condição de heterozigose. A maioria destes alelos mutantes, ou variedades, é deletéria e a seleção direcional estará constantemente removendo-os de um modo purificador. [...]

A teoria de balanceamento

Na sua forma mais extrema [...], a teoria do balanceamento postula que a maioria dos indivíduos de populações que se [entrecruzam] sexuadamente será heterozigota em quase todos os seus locos. A única exceção serão os filhos de pais estreitamente aparentados (endocruzamento). Segue-se desse postulado que o número de alelos alternativos em cada loco deve ser grande, caso contrário a segregação [mendeliana] produziria um alto grau de homozigose. [...]

Fonte: Shorrocks, B. 1980. A origem da diversidade. SP, TA Queiroz & Edusp.

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