07 julho 2014

Como faíscam os relâmpagos?

Mary Fiess

Quando Benjamin Franklin corajosamente empinou seu papagaio durante uma tempestade, em 1752, provou o que a maioria dos outros cientistas contemporâneos dele apenas suspeitava: raios realmente constituem uma faísca elétrica. Mas hoje os cientistas ainda não sabem como se originam esses espetaculares lampejos.

Por que uma nuvem revolta de repente se torna um gerador de alta voltagem expelindo faíscas que podem riscar os céus por quilômetros? O mistério central é como enormes quantidades de cargas positivas e negativas se desenvolvem e polarizam em partes do que foi, originalmente, uma nuvem eletricamente neutra.

Encontrar a resposta, entretanto, tem provado ser muito mais difícil que empinar um papagaio. “Uma nuvem de trovoada é uma coisa tão grande que você realmente não consegue examinar tudo de uma só vez”, diz Earle Williams, geofísico que estuda raios no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).

Muitos já tentaram. Os cientistas já efetuaram vôos correndo risco de morte em balões à beira de tempestades violentas para procurar as respostas. Já sobrevoaram em volta e através de nuvens de trovoada. Usaram até foguetes para detonar raios. Mas, até agora, esses esforços forneceram apenas vestígios do que acontece dentro de uma nuvem de trovoada.
[...]

Fonte: Leigh, J. & Savold, D., orgs. 1991 [1988]. O dia em que o raio correu atrás da dona-de-casa... e outros mistérios da ciência. SP, Nobel.

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